Varanda
Carlos contempla Itabira
Da cadeira na varanda.
Minas, ele vê de Itabira,
E o mundo, a partir de Minas.
O mundo não se sustenta,
Não vive, não permanece
Se não houver a cadeira
Velha e rota na varanda.
Toda a sorte de restante,
O outro, a diversidade,
Só existe pelo filtro
De nosso olhar ensinado.
Ao certo, mesmo, criança,
Mundo velho não existe.
O ser humano é que existe.
O ser humano é varanda.
Queda
ResponderExcluirPerdi o tom.
Tropecei na dita pedra
do poema de Drummond.
Otacílio Monteiro