quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mais que mil palavras


Projeto educacional em Leme - show

Em Leme, momento especial!

Tive a honra de participar do projeto "Vivendo valores na Escola", na E.E. Arlindo Fávaro, em Leme/SP. A coordenadora foi a professora Célia e os alunos das 5ªs séries B,C e D deram verdadeiro show. O evento teve o apoio do Sinecol, da Covabra e do Magazine Luíza, que doaram exemplares de meus livros  infantis aos estudantes. 

Silvia Furlan

Rafael e Tainan

Professora Célia Maria da Silva

O show das crianças: Valores na escola


Discurso do autor


Autógrafos




Organizadores

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"E ter um sonho todo azul..."


Teus olhos

Daí me lembro só,
e tão somente,
que feito pó de areia
ou de semente,
eu era tão pequeno,
tão ínfimo
e tão de menos,
que ousei sonhar,
coisa única e tola
que podia restar.
E daí sonhei sério,
para  me desforrar.
E não é que deu certo?
Que profundo mistério...
Os meus olhos abertos
encontraram o mar.  

Otacílio Monteiro



A amizade, por Vinícius de Moraes


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A nobre arte


Nobre arte



Super pena...

Um amor que poderia

ter sido peso pesado

caiu da noite pro dia.


Otacílio Monteiro


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ímpares - com Silvia Oliveira





Fraternal


Respirar luzes, soltar medos
Saber segurança ir e vir
Prazer proporção máxima chega
Superar limites conseguir.

Transpirar sons intimar vozes
Apertar mãos trocar ideias
Missão de anjos paraíso
Colorir beijos azaleia...

Comungar melodia corpo e alma
Fraternal erotismo se propaga
Procissão de só dois que soa calma
Um e outro integrar fusão de águas.


 Otacílio Monteiro e Silvia Oliveira - Ímpares, 1998

Poemas infantis ... um projeto.


Música, bálsamo para a alma


Lançamento do CD O Elixir, no Teatro Vitória. 
Foto: Lê Pellegrini



Invenção da Música Segundo os Boêmios


Um deus, não me lembro qual, 
dizem que inventou a música. 

Foi bem pela madrugada, 
antes que o galo cantasse,
por motivos muito óbvios
que ouso aqui transcrever. 

Não fosse a horas silentes,
como poderia o gênio 
refinar sons e escalas 
para cumprir seu intento? 
E, quanto ao galo, 
é bem simples. 
Como podia cantar 
antes que houvesse o invento?

Otacílio Monteiro



Na faixa "Das cordas e demais baratos" - O Elixir, com Emanuel Massaro



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Aos solitários



Gelo 

Depois que ela fez greve
meu coração ficou frio
feito um boneco de neve. 


Otacílio Monteiro

Crônica


Uma crônica babaca para leitores sabichões




A grande luta é interna, o grande palco é o peito, a maior vitória o perdão, a maior conquista o amigo. A maior derrota é a solidão que insiste em tomar conta da gente mesmo no meio de milhões de pessoas. O maior fraco é o presunçoso, o mais forte é o sincero e o mais triste é o que não chora por ter seco o coração.

Com um ajuste aqui ou ali, uma engraxadinha, um reparo, elas podem dar uma meia-sola. Pode ser que essas verdades enferrujadas ou frágeis lhe amenizem a arrogância, suavizem a empáfia e dinamizem o senso crítico. Falo de coisas que ando aprendendo, bem aos trancos e barrancos.. Uma práxis, como diriam os empertigados, do velho conto do telhado de vidro.



Se a vida fosse receita de bolo, seria mais ou menos assim. Como não é, que cada um constitua a sua verdade. Mas, por gentileza, dê uma espiadinha, vez por outra, na atmosfera dos outros. Pode ser que por ali exista um punhado, pelo menos, de verdades diferentes. 


Otacílio Monteiro
12 nov 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Saudade, palavra cinza


Certeira 


A saudade é uma ponta
de lança, muito afiada,

que toca o peito e nos conta
da nossa vida passada.
Mas, quem não sente saudade
é porque nunca sentiu 
coisa alguma de verdade...
Não viveu, não existiu!


  Otacílio Monteiro, poeta brasileiro


Borboletas sempre voltam


Colorida, branca ou preta...
O que importa é a graça
do voo da borboleta.









Otacílio Monteiro, poeta brasileiro

sábado, 10 de novembro de 2012

"O tempo andou mexendo com a gente, sim"















Tempoema

Tempo e matéria
Tem poesia na matéria
Poema tema teria
Sem maneiras de amor?

Tempo e maneira
Tem poema nesta artéria
Poematéria, eis o tema;
Tempo e amor
                       Tempoema.

Otacílio Monteiro, poeta brasileiro
Do livro Poematéria, 1989

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A perdição de Augusto Patriarca



Súbito, dispara o coração a bater mais forte, acelerada e desordenadamente. Foi um susto danado, não por desconhecimento daquele sintoma, mas pelo inusitado da ocasião.

Ele não estava preparado nem desejava aquela situação. O destino prega cada peça! Um absurdo, um homem babando de paixão e desejo, no alto de seus sessenta anos.

O objeto de desejo estava, desconcertantemente, à sua vista, olhos nos olhos. De frente pro crime, tentou se imaginar fora da situação. Não, não era ele quem estava ali. Mas a mulher o seduzira definitivamente.

Ele, que prometera a si mesmo e à família jamais se perder novamente a tão mundanos prazeres; ele, o compenetrado Augusto patriarca, que tanto se policiara e tanto se resguardara. 

Mas a carne é mesmo fraca. Entregue, louco de vontade e já se penitenciando, o diabético Augusto sucumbiu. Encarou a garçonete e pediu, ansioso, todos os doces a que tem direito um inveterado boêmio do açúcar.



Otacílio Cesar Monteiro

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PATRONO










18 de agosto de 2011, dia especialíssimo. A Escola Municipal Benedicta de toledo reinaugurou a sua biblioteca e eu fui escolhido como o patrono. Responsabilidade e alegria. Muito, muito legal!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Comboio, com estilo

Editado pela Sidiane Spielmann

Um poema a 4 mãos, com Sílvia Oliveira


Cadência


Meu coração toca um samba
de Noel quando a encontra:
compassado, justo, sólido,
ritmado e melódico,
feito um coração de bamba.

Não é amor atirado
e louco feito paixão,
não é batuque sem nexo.
É amor feito cartola,
é Paulinho da Viola,
viola de Mano Décio.

De bom tom se a encontra,
livre solto Passarim
num vôo calmo sem conta,
meu coração é Jobim.

É amor bem delicado,
é emoção feminina,
tem poesia de Nara,
é Elizeth, divina...

Meu coração De Moraes
é Vinícius, afinal...
É amor de fantasia,
é compasso de alegria,
é canção de Dorival!


Otacílio Cesar Monteiro e Sílvia  Oliveira

(Ímpares, 1998)

Atitude, livro de Linda Balieiro

Relembrando mais um momento bacana da Sociedade Literária Limeirense, o lançamento do livro Atitude, de Linda Balieiro. Foi o primeiro da Coleção Maria Paulina, que teve oito títulos.  Gente da terrinha!


Gauche

Queda

Perdi o tom.
Tropecei na dita pedra
do poema de Drummond.

Otacílio Monteiro

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tem preço?



Palestra sobre meu livro infantil Pau, Pau, Pedra, Pedra, na cidade de Iracemápolis. 

O que dizer desse carinho?










Contemplo o rio que corre calado

Comboio
O tempo é um trem que passa,  um trem que espaça, um trem que peca, um trem que breca, um trem que voa, um trem à toa, um trem que estende, um trem que rende,  um trem que corre, um trem que escorre, um trem que vai, um trem que vem, um trem, um trem, um trem, um trem...

(Otacílio Monteiro)



O tempo passa rápido, né?

 Foi em 86.











Eu tinha menos anos e mais cabelos.
E o Rio de Janeiro, dizem, continua lindo.