Canto de Mesa
Prefiro a solidão, o
abandono...
Como
se fora objeto
Sobre
a mesa,
Sobre
o canto, insignificante,
De
qualquer mesa de casa.
Antes
assim
Do
que ser objeto
De
outrem.
Não
me falem de amor
Por
enquanto.
O
encanto acabou
E o
melhor remédio
É a
solidão completa
Das
horas frias e tristes.
Frias,
tristes e previsíveis
Como
os objetos frios,
Abandonados
no canto
De
qualquer mesa de casa.
Otacílio Monteiro
Do livro Setenta Mil Faces, 1998 - esgotado
M A R A V I L H O S O!!
ResponderExcluirPoema que lê a gente!!
b eijo ternurento
:) Adorei isso, do poema que lê a gente. Valeu, poetisa!
ResponderExcluirMais vale a "alegria" de um amor distante e sonhado...
ResponderExcluirque a "tristeza" de um amor presente!!!
Lindo poema!!!