Sua majestade, o Samba
Benção
Santo
seja o samba com seu rosto negro,
Sua alma negra e seu reverso
branco!
Santo
Seja o
samba com seu véu de seda,
Sua lua branca, seu olhar
aceso!
Santo
Seja o samba de cantar as
mágoas,
De acender as velas e calar o
canto!
Santo
Seja o samba de vazar as
horas,
De enrolar o tempo e enganar
o pranto!
Santo, Santo
E bendito seja
O samba que nasce em terreiro
E se planta no asfalto!
Abençoado o batuque,
O samba de roda e o partido
alto!
Santo,
santo e bendito
Seja o samba altaneiro,
Que atravessa fronteiras
Porque não tem paradeiro!
Abençoado o samba,
Criança de pés no chão!
Bendito seja o pandeiro;
Salve o samba brasileiro,
Feito na palma da mão!
Otacílio Monteiro
Lindo poema!! Com antíteses que se completam e abrem ao leitor imensas "fronteiras" a serem atravessadas.
ResponderExcluirParabéns, Otacilio Monteiro.
Beijo ternurento
:) Que lindo comentário. obrigado, Clau poetisa!
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