Otacílio Monteiro, Poeta Brasileiro.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
sábado, 8 de março de 2014
Saldade
Saldade
Respeito e até gosto da saudade.
Sem uma pitada de saudade, que nesse caso deveria se chamar saldade, com o perdão do infame trocadilho, que seria do poeta, dos apaixonados e dos experientes?
Mas ficar preso às correntes do passado, aí é outa coisa, e coisa salgada demais para ser saudável, amarga demais para degustação constante.
Uma pitada de saldade por dia, regada a música do Porto ou samba genuíno, sensorial cachaça de quem ouve amores. Isso, sim, o doutor recomenda. Se não recomenda, cassemos logo o diploma do bruto. Não entende patavinas desse troço de depressão.
Otacílio Monteiro
Respeito e até gosto da saudade.
Sem uma pitada de saudade, que nesse caso deveria se chamar saldade, com o perdão do infame trocadilho, que seria do poeta, dos apaixonados e dos experientes?
Mas ficar preso às correntes do passado, aí é outa coisa, e coisa salgada demais para ser saudável, amarga demais para degustação constante.
Uma pitada de saldade por dia, regada a música do Porto ou samba genuíno, sensorial cachaça de quem ouve amores. Isso, sim, o doutor recomenda. Se não recomenda, cassemos logo o diploma do bruto. Não entende patavinas desse troço de depressão.
Otacílio Monteiro
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Aquela praça, aquele banco...
Oração
encabulada
Praça Toledo Barros, Ano 2.000
Senhor dos jardins e praças,
protegei das arruaças
ambientes tão gentis.
Livrai tão nobres recantos,
conservai os seus encantos,
fazei o povo feliz.
Oro pela harmonia,
pelas flores, pelas cores,
pelas fontes musicais.
E porque brega é a tia
oro e choro todo dia
tempos que não voltam mais.
Choro a
Pracinha da Bíblia,
a Praça Nações
Unidas
e a Praça
Adão Duarte.
Sem rima ao livro sagrado,
choro a General Salgado
e já vou a outras partes.
Choro, enojado a escarros,
a Praça
Toledo Barros
e seus banheiros da gruta,
a nossa gruta querida.
Teve passado de glória,
Foi vibrante, foi finória,
mas hoje dá cada história
que até mesmo Deus duvida.
Para não ser cansativo,
e já pedindo
perdão
pelos redutos não ditos
nesta precária oração,
rogo que olheis sete vezes
pela Luciano Esteves,
esse jardim tão bonito
que pede manutenção.
(E, confessando um pecado,
digo-vos, encabulado,
que podia ter rimado,
com mais imaginação,
roubo, assédio,
mendigos,
falta de iluminação,
buracos, drogas e mijo,
pinga e prostituição.)
Otacílio
Monteiro
Limeira/SP
domingo, 26 de janeiro de 2014
Poesia em noite de Lua cheia
Se
você não negocia
Com
as coisas do além,
Muito
cuidado e ciência
Ao
entrar na escuridão!
Para
adentrar o escuro
é
preciso, pelo menos,
Armar-se
de alma leve.
E
é por isso que existe
A
noite de lua cheia:
Para
estreitar céu e terra
E
nos falar de mistérios.
Para desanuviar
caminhos muito pesados.
Otacílio Monteiro
sábado, 25 de janeiro de 2014
Poesia em tarde de muito sol
Refrigério
Em tardes de sol bem quente,
mas de sol bem quente mesmo,
um banho de mar, a mata
e muita água resolvem.
Mas se o sol se faz na alma,
mas sol dos ardidos mesmo,
que ferve e torra os miolos,
quem pode dar um refresco?
Com que mares , águas,matas
se resolverão os grilos?
A quem pedir refrigério,
a quem implorar auxílio?
Otacílio Monteiro
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