sábado, 8 de março de 2014

Saldade

Saldade

Respeito e até gosto da saudade. 
Sem uma pitada de saudade, que nesse caso deveria se chamar saldade, com o perdão do infame trocadilho, que seria do poeta, dos apaixonados e dos experientes? 

Mas ficar preso às correntes do passado, aí é outa coisa, e coisa salgada demais para ser saudável, amarga demais para degustação constante. 

Uma pitada de saldade por dia, regada a música do Porto ou samba genuíno, sensorial cachaça de quem ouve amores. Isso, sim, o doutor recomenda. Se não recomenda, cassemos logo o diploma do bruto. Não entende patavinas desse troço de depressão.

Otacílio Monteiro

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