terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Aquela praça, aquele banco...

Oração encabulada

Praça Toledo Barros, Ano 2.000

Senhor dos jardins e praças,
protegei das arruaças
ambientes tão gentis.
Livrai tão nobres recantos,
conservai os seus encantos,
fazei o povo feliz.

Oro pela harmonia,
pelas flores, pelas cores,
pelas fontes musicais.
E porque brega é a tia
oro e choro todo dia
tempos que não voltam mais.

Choro  a Pracinha da Bíblia,
Praça Nações Unidas
e  a Praça Adão Duarte.
Sem rima ao livro sagrado,
choro a General Salgado
e já vou a outras partes.

Choro, enojado a escarros,
a  Praça Toledo Barros
e seus banheiros da gruta,
a nossa gruta querida.


Teve passado de glória,
Foi vibrante, foi finória,
mas hoje dá cada história
que até mesmo Deus duvida.

Para não ser cansativo,
e  já pedindo perdão
pelos redutos não ditos
nesta precária oração,
rogo que olheis sete vezes
pela Luciano Esteves,
esse jardim tão bonito
que pede manutenção.

(E, confessando um pecado,
digo-vos, encabulado,
que podia ter rimado,
com mais imaginação,
roubo, assédio,  mendigos,
falta de iluminação,
buracos, drogas e mijo,
pinga e prostituição.)

Otacílio Monteiro

Limeira/SP

4 comentários:

  1. E tantas outras praças... tantas outras orações encabuladas.
    A sua está linda!!
    Amém!!!

    beijo ternurento

    Clau Assi

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  2. :) Preferia não ter que escrever isso.

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  3. :) Preferia não ter que escrever isso.

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