Passagem
Os
pés de Laura correram até o quintal. Subiu no muro, sabe-se lá com que rapidez;
o corpinho de criança, a alma já ficando adulta, corrompida na separação. Deu
tempo ainda de ver Eduardo passar no trem. Ela conseguia enxergá-lo através do
metal, do duro, frio e indiferente metal da composição.
Meses depois, decidiu que seu coração seria trem. Muitos Eduardos passariam por
ele, mas ninguém mais moraria ali.Abrigar amores dava trabalho demais. Laurinha aprendera aos 11, com o boy da cidade grande.
Oi.
ResponderExcluirNarrativa poética que cutuca nossa vontade de saber mais...
Abraço.
Em divina amizade.
Sonia Guzzi
:) Pois é...já disseram isso. mas é um microconto, acaba aí mesmo. Beijos!
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